"O que me preocupa não é o grito dos maus.É o silêncio dos bons" Luther King

domingo, 27 de julho de 2014

Uma pequena história


Há muitos anos, muitos anos atrás, faz tanto tempo que hoje as pessoas quase nem lembram mais. Surgiu na história um homenzinho baixinho mas com ideias audaciosas e delirantes pregando o nacionalismo e por mais absurdo que parecesse, logo conseguiu diversos adeptos, quando piscou os olhos uma nação inteira estava atrás de si e caindo em um erro que ficou marcado como Holocausto e que dizimou parte da população judaica, cigana, homossexuais e todos os homens de coragem que fossem contra suas palavras e que dizimaria muito mais se prosseguisse. Para que isso ocorresse, homens o apoiaram e levaram a doutrina que ficou conhecida como Nazismo e que mais tarde em julgamentos o mundo inteiro se perguntava: Mas como isso pode acontecer? Será possível tamanha desumanização do homem?É Isto um Homem?
Depois de tamanha tragédia, o governo criou um órgão com a intenção de proteger os homens de se destruírem, propondo inclusive A Paz, defendendo o direito da vida.
Depois dessa pequena história o que fazer para compensar aqueles que perderam tanto? Discutiram, discutiram e discutiram. Lembraram que no Oriente Médio e das antigas histórias bíblicas, existia sim, uma Terra para aquele povo que vagava sem Terra, apesar de ela ser ocupada a mais de 2000 anos por um outro povo.
O que fazer então? Remarcar territórios? Seria mais fácil resolver o problema imediatamente.
Logo, a solução dada foi criar uma outra doutrina um pouco mais mascarada, criou-se então o Sionismo que conseguiu o Tio Sam como apoiador, o povo que estava destruído pela guerra mudou-se imediatamente para essa terra prometida e para governantes como o pequeno homenzinho do início da história a destruição era a solução ,era preciso começar, então inventaram muros, começaram a controlar água, alimentos, remédios, hospitais e com o tempo conseguem o seu objetivo de destruir os que ali moravam, mas se eles se revoltassem o que aconteceriam? Aprenderam que existia uma mídia inteira que poderia ser comprada e que o dinheiro têm valor para calar até os seus e inverter o sentido do rio chamado história.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Amor e Liberdade

Amor é liberdade...
É também fogo que arde e não se ver.
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Dor maior no coração é ter consciência
De que amor é também Liberdade
É deixar quem vc ama partir quando quiser,
É saber que o sorriso de quem vc ama vai estar eternamente dentro de si,
mesmo não estando fisicamente.
É estar e não estar, não fazer do outro uma posse ou propriedade,
Ao mesmo tempo querer o outro para si.
Uma relação dialética que têm que ser amadurecida, por mais doa.
Ó, meu coração como dói!
Disseram que apenas a paixão dói, mas não acredito nessa verdade.
Tudo pode doer.
Terei amor sempre para a humanidade mesmo que esta não veja,
De qualquer forma quero dizer que estarei sempre aqui mesmo que não estejas,
quando tiver virado cinzas,
Ainda assim, aqui ainda restará o amor e espero que um amor incondicional
Que fure o asfalto...

sábado, 12 de julho de 2014

Angústia

Angústia, toda vez que vejo piora em vez de melhoras.
Quando o mundo se tornou maior que o meu coração,
E não consigo enxergar saída alguma.
Como isso dói.
Mas amanhã o sol há de brilhar novamente...

sábado, 5 de julho de 2014

Uma madrugada na cozinha

São Paulo,
Sexta-feira, 04 de julho de 2014.

Brasil ganhou a copa, o país está feliz, apesar de amigos estarem presos. Afinal, isso é importante para uma minoria da população.
Atravessamos de noite o hospital universitário que está em greve, logo em seguida descemos a favela, um dos percursos para chegar no supermercado, lá estão todos comemorando, quase todos na rua.
Existe o lado anti-copa em meu coração, mas quem sou eu para desejar que todos não queiram e não fiquem felizes com a copa? não quero mudar o mundo, fico feliz ao modificar o meu, que as pessoas comemorem a copa mas não fiquem tão cegas a ponto de não querer enxergar que ao seu lado existem problemas que precisam ser resolvidos.
Está tudo fechado, voltamos ao nosso carcere de regime semi-aberto, todos voltaram para os seus lares por aqui e os que não voltaram estão em festas ou nos bares da cidade, aqui só ficam os que fizeram de si o seu próprio lar, depois de estarmos cansados de estudar surge uma conversa que se estende pela madrugada em uma pequena cozinha tomando suco de laranja com cenoura.
Coisas tão pequenas, com a palavra percorremos o mundo e nossas lembranças e trouxemos a tona uma coisa que está tão perdida nas grandes cidades: a conversa sem interesses, o ouvir a experiência do outro.
Alguém fala sobre a sua quase loucura, outro sobre o mar, sobre filmes, sobre o professor muito louco que escolhe seus lugares,torcidas organizadas, outro sobre a velhice e sua vida no passado, percebo que cada um tem algo para contar que se torna interessante no olhar do outro sem ligar pra nenhum instrumento tecnológico tão comum na atualidade,sem ligar para o tempo,até que os três felizardos decidem se despedir.
Vou para cama, sinto vontade de narrar esse dia e essa noite qualquer, lembrei de uma matéria que dizia que os russos ficam conversando horas a fio em suas cozinhas pequenas,sem nenhum compromisso, desejo sinceramente ter outras noites tão simples e tão alegres, pois, faz parte das coisas boas da vida.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

20 anos

Meus 20 anos, quando piscar no dia 15, será 21 e quando piscar novamente 30 anos e assim sucessivamente.
Lembro de um tempo em que tudo isso parecia ser tão distante e tinha pressa, como sempre tive pressa para aprender e viver todas as paixões e sentimentos humanos.
Quando paro para pensar novamente, vejo que não é assim, lembro de uma frase de Goethe que era mais ou menos assim: "não adianta ter pressa em sua caminhada,pecorra cada passo com amor", frase sábia esta, se tivesse um conselho para dar a mim mesma quando era mais nova diria "continue a estudar muito e não tenha pressa de viver a vida adulta, pois, cada idade reserva algo único pra te ensinar".
Li O Encontro Marcado de Fernando Sabino a muito tempo, lembro que ele falava de um homem que sempre teve pressa para viver tudo e em determinado momento pergunta-se "Para que essa pressa?".
Na cidade é sempre assim. Quando fui um pouco além e subi uma montanha, vi uma coisa fundamental, é preciso ter calma,coragem para e chegarmos ao topo.
Ando lendo personagens complexas e apesar da maior idade parece ter chegado, não quero ter tantas saudades de mim, quero sempre manter algo essencial que existe em nossos corações, apesar das transformações.
Apesar do meu constante medo dos seres humanos e de suas ações, o medo não me domina e mesmo com as "leituras niilistas", continuo sorrindo e não consigo me render totalmente ao pessimismo e tento enxergar sempre o bom e o belo mesmo com a constante desumanização do homem.
Queria ter escrito um pouco mais das incríveis pedras preciosas que encontrei em meu caminho e irão ficar nas lembranças, mas houve a desculpa de não ter tempo.
Sinto que o tempo passa como grãos de areia sobre minhas mãos, só quero ter o tempo de preservar o que deve ser preservado.