"O que me preocupa não é o grito dos maus.É o silêncio dos bons" Luther King

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Inacabado


Cosmo,
Amor...
Cor.

A vida no calendário.




terça-feira, 22 de setembro de 2015

Litteras Amoris

Um dia desses uma carta de amor que não chegou ao destinatário parou em minhas mãos.
Junto com ela um pequeno livrinho de Blanca Varela chamado Camino de Babel. Decidi narrar esse pequeno acontecimento, pois, cartas (pelo menos para mim), sempre foi algo carregado de um sentimento podendo ser bom ou ruim. Lembro a primeira vez que mudei de bairro, tinha então 13 anos, pedi cartas a minhas amigas e amigos e recebi várias, durante anos, guardei em uma caixinha.
Durante as várias mudanças que se sucederam em minha vida, ficaram perdidas em algum lugar, mas lembro de algumas muito impactantes, um menino que quase saímos no tapa por ter me ofendido, antes de me mudar me deu uma carta e isso parecia inacreditável.
Outra vez, lembro de uma amiga minha que chorou em cima de uma carta de amor,em seguida, queimou, porque achou que aquilo fosse algo bobo de um tempo que não precisa mais ser lembrado, mas ao mesmo tempo era um tempo que causava situações desse tipo.
Eu nunca achei uma carta boba, mesmo as que parecem bobas, no final, não o são.
A uma citação nessa carta de um livro belíssimo, "El Aleph", livro que comprei de presente alguém ano passado, talvez não acredite no acaso, porque muitas coisas na vida parecem que já estão escritas como dizem por aí.
Bom, para concluir, espero receber novamente um dia uma carta, em uma situação que não espere, pois, o inesperado às vezes é belo...










quarta-feira, 1 de abril de 2015

1º de Abril

Faz um ano...
Que achei que tivesse lido o livro errado.
Mas o errado, não estava errado.
A verdade, é que podemos construir a verdade,
assim, como a mentira.
Criticaram os sofistas por usar sua arte para construções que não levam a verdade , mas a vida não seria um grande palco de construções, onde a minha realidade talvez não seja real?
É bem provável que eu viva numa irrealidade.
Ah, mas como eu amo a irrealidade construída, já disse um poeta, que o amor salva, eu acredito.

O Poder da Pluma

O poder da pluma pode levar as alturas ou levar a sucumbir qualquer um ao inferno de Dante.
Onde iremos empregá-lo? No bem não reconhecido ou no mal cheio de adulações e ilusões bem pagas?
É melhor, pois, aprender a suportar tudo e ter a cabeça no reino das nuvens. Essa têm sido a escolha que faço a anos, não se vender, apesar de se pagar um preço alto por isso e ganhar um mundo que não têm preço.
Cultivar as virtudes e desenvolver algo melhor para o mundo dos homens, mesmo que a maioria não saiba que a mudança de uma alma eleve o resto, mesmo que isso passe desapercebido e esquecido. O esquecimento, na verdade, é um bem que poucos sabem apreciar.
As vezes a pluma se faz melhor quando nada escreve, quando tudo fica no mundo das ideias e do espírito, nos dias de hoje se muitos soubessem disso, nos pouparíamos de muito e perderíamos muito também. Então, qual a solução ou dissolução?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O Zênite

No zênite do dia, coisas incríveis acontecem na parte velha e suja da cidade.
Em uma parada, onde os ônibus se esqueceram de passar, uma observadora olha os eventos ao seu redor. As prostitutas lá na esquina, mendingos dormindo embaixo de papelões velhos, dentro do prédio os executivos e vendedores em frente querendo ganhar mais um dia, ela pensa, mas prefere não revelar seus pensamentos, pois, lhe vêm algo amargo lá no fundo do coração quando retorna a eles.
Olhe, lá é a Faculdade de São Francisco, de lá deve sair os representantes da justiça.
No entanto, lá na frente há uma senhora com uma corcunda anormal, saída do livro O Corcunda de Notre-Dame e por um instante, alguém parece querer lhe assaltar, um homem sujo e descalço lhe aborda, isso parece inacreditável, quem teria essa coragem?
Mas olhe mais uma vez, olhe profundamente, descobrirá que ela está tirando uma bolsinha bem antiga do fundo de sua bolsa, de dentro dessa bolsa tira todas as suas moedas, não é muito mas é tudo o que têm e dá a esse jovem homem que para muitos é apenas mais um vagabundo que poderia estar trabalhando pela lógica do sistema, por um instante, não se sabe de quem se têm mais pena se do homem ou da velha corcunda que retém olhares por onde passa; ao mesmo tempo passa entre ambos uma luz,aquela concedida por um amor profundo que nada pede para dar, a caridade, a solidariedade reside ainda onde ninguém quer enxergar, na invisibilidade dos mundo social.